Um dos grandes temas da ficção científica sempre foi o medo de um dia as máquinas dominarem o planeta.
Narrada
em filmes como Matrix e O Exterminador do Futuro, essa previsão começa a
se tornar real. Mas não há motivo para pânico. Os invasores são apenas
celulares e, acredite, contam com o apoio dos seres humanos. Os
famosos robozinhos verdes, marca registrada do sistema operacional
Android, desenvolvido pelo Google, conseguiram conquistar a Terra em
três anos. Hoje, são vendidos mais smartphones com Android do que
aparelhos da Apple, RIM ou de parceiros da Microsoft. Segundo o
instituto de pesquisas Gartner, os aparelhos com o sistema
representaram 52,5% das vendas mundiais no terceiro trimestre do ano
passado.
Apesar do sucesso, o Google não está
satisfeito. Estudos da empresa mostraram que essa vantagem numérica
pode ser frágil. “As pessoas gostam do Android, precisam dele. Mas não o
amam”, disse Matias Duarte, diretor sênior de experiência do usuário
do Android, no anúncio do Galaxy Nexus, da Samsung, em outubro. O
aparelho é o primeiro com Android 4.0, batizado de Ice Cream Sandwich, e
deve chegar ao Brasil em fevereiro. A nova versão quer conquistar o
coração dos consumidores.
Especialista em criar produtos
que se tornam objeto de desejo, a Apple sabe como conectar
emocionalmente a marca a seus compradores. Filas quilométricas
formam-se nas suas lojas quando há lançamentos, e muitos donos de
iPhone são apaixonados por seus aparelhos. Essa relação deve continuar
intensa com o iPhone 4S, que conta com a amigável assistente digital
Siri. O Google quer repetir essa fórmula, desenvolvida por Steve Jobs
e, assim, também conquistar um exército de fãs.
Para
isso, a interface do Android foi redesenhada a partir de três
princípios: deixá-la mais bonita, simplificar a vida de quem a utiliza e
fazer com que essas pessoas se sintam mais inteligentes. Segundo
Duarte, o Ice Cream Sandwich foi apenas o primeiro passo nessa direção.
O design das versões anteriores do Android não era tão bem acabado
quanto o do iOS, e o Google realmente conseguiu dar um salto nessa
área.
Como o Galaxy Nexus ainda não foi testado pelo
INFOlab e até 18 de novembro o Nexus S não havia sido atualizado, o
único jeito de termos contato com o novo Android foi por meio do
emulador presente no SDK, o kit usado no desenvolvimento de
aplicativos. Embora a experiência seja limitada e faltem programas
essenciais, como o Gmail, dá para perceber vários detalhes da renovação
visual. A partir do Ice Cream Sandwich, smartphones e tablets vão
rodar um Android idêntico. Foram incorporados alguns elementos do
Android 3.0 (Honeycomb), como os widgets redimensionáveis, a barra de
pesquisas transparente no alto da tela e a cor azul em títulos de menus
e informações de status do Wi-Fi, bateria e rede celular.
Os
textos agora são exibidos com um novo tipo de letra, a Roboto, que
torna a leitura mais agradável. A antiga família de fontes do sistema,
chamada Droid, foi criada em 2007 para uso em telas pequenas. Hoje, a
maioria dos celulares topo de linha com Android tem mais de 4 polegadas,
e há tablets com telas de 7 a 10 polegadas. Mas a legibilidade foi
apenas um dos motivos para a aposentadoria da Droid. De acordo com o
Google, a ideia foi adotar uma fonte mais moderna, que conseguisse
provocar uma reação de empatia à primeira vista.
Fonte: Info
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